segunda-feira, 16 de maio de 2011

Salva, deleta.

O amor para mim é um botão de salva e deleta, totalmente movido por panes no meu sistema, infectado por vírus que são causados por essa soma da magia das pessoas e do cosmos. Eu passo de apaixonada a entediada, e vice-versa, em um toque, ou melhor: em uma frase, uma respirada, um cheiro, uma saliva.
A última vez que me apaixonei foi num jantar que não existiu. Passei horas me arrumando e, quando finalmente cheguei ansiosa e atrasada na casa dele, ele havia acabado de chegar da academia e estava todo suado e perdido. Sentou no sofá, olhou igual a uma criança de seis anos pra mim e disse: “e agora?”
Eu senti vontade de responder: “e agora, mesmo você sendo um bombadinho playboy indolente, que tal se a gente pedisse uma pizza e ficasse junto até os 98 anos de idade?”
Ainda faltam muitos anos, até lá meu computador pode ser contaminado mais uma vez pelo vírus do tempo que fode tudo e exterminar meu amor, só que uma coisa engraçada acontece: todos os dias a gente se dá motivo para apertar o botão de deletar, mas alguma coisa maior faz a gente salvar tudo a tempo.

2 comentários:

  1. Bonitos textos..
    Seguindo Jeh, segue o meu também..
    http://asentreaspas.blogspot.com/

    beijo!

    ResponderExcluir
  2. Tem texto da Tati, daqueles que ela deletou do site que não está aqui.
    O Nome é "Mais um par de tênis velhos".
    É lindo!
    Estava procurando esses dias e achei nesse fotolog o texto completo:
    http://www.fotolog.com.br/feitapravc/45820025

    Tem como você colocar aqui também? Adoro o blog.

    Beijo!

    ResponderExcluir